13 de dez. de 2010

Glossário (Parasitologia)

*Agente Etiológico: É o agente causador ou responsável pela origem da doença. Pode ser um vírus, bactéria, fungo, protozoário, helminto.
*Agente Infeccioso: Parasito, sobretudo, microparasitos (bactérias, fungos, protozoários, vírus etc.), inclusive helmintos, capazes de produzir infecção ou doença infecciosa.
*Antroponose: Doença exclusivamente humana. Por exemplo, a filariose bancrofiiana (“Elefantíase” causada pelo verme Wuchereria bancrofti), a necatorose (“amarelão” causado pelo verme Necator americanus), a gripe etc.
*Antropozoonose: Doença primária de animais, que pode ser transmitida aos humanos. Exemplo: brucelose, na qual o homem é um hospedeiro acidental.
*Cepa: Grupo ou linhagem de um agente infeccioso, de ascendência conhecida, compreendida dentro de uma espécie e que se caracteriza por alguma propriedade biológica e/ou fisiológica. Ex.: a cepa “Laredo" da E. histolytica se cultiva bem a temperatura ambiente, com média patogenicidade.
*Endemia: É quando se tem a prevalência de um número esperado de uma determinada patologia.
*Epidemia: É quando se supera o número de casos esperados de uma determinada patologia.
*Epidemiologia: É o estudo da distribuição e dos fatores determinantes da frequência de uma doença (ou outro evento). Isto é, a epidemiologia trata de dois aspectos fundamentais: a distribuição (idade, sexo, raça, geografia etc.) e os fatores determinantes da freqüência (tipo de patógeno, meios de transmissão etc.) de uma doença.
*Fase Aguda: É aquele período após a infecção em que os sintomas clínicos são mais marcantes (febre alta etc.). É um período de definição: o indivíduo se cura, entra na fase crônica ou morre.
*Fase Crônica: É a que se segue a fase aguda; caracteriza- se pela diminuição da sintomatologia clínica e existe um equilíbrio relativo entre o hospedeiro e o agente infeccioso. O número do parasitos mantém uma certa constância. E importante dizer que este equilíbrio pode ser rompido em favor de ambos os lados.
*Fômite: É representado por utensílios que podem veicular o parasito entre hospedeiros. Por exemplo: roupas, seringas, espéculos etc.
*Hábitat: É o ecossistema, local ou órgão onde determinada espécie ou população vive. Ex.: O Ascaris lumbricoides tem por hábitat o intestino delgado humano.
*Hospedeiro: É um organismo que alberga o parasito. Exemplo: o hospedeiro do Ascaris lumbricoides é o ser humano.
*Hospedeiro Definitivo: É o que apresenta o parasito em fase de maturidade ou em fase de atividade sexual.
*Hospedeiro Intermediário: É aquele que apresenta o parasito em fase larvária ou assexuada.
*Hospedeiro Paratênico ou de Transporte: É o hospedeiro intermediário no qual o parasito não sofre desenvolvimento, mas permanece encistado até que o hospedeiro definitivo o ingira. Exemplo: Hymenolepis nana em coleópteros.
*Parasitemia: Reflete a carga parasitária no sangue do hospedeiro.
*Parasitismo: É a associação entre seres vivos, em que existe unilateralidade de benefícios, sendo um dos associados prejudicados pela associação. Desse modo, o parasito é o agressor, o hospedeiro é o que alberga o parasito. Podemos ter vários tipos de parasitos:
*Endoparasito: O que vive dentro do corpo do hospedeiro. Exemplo: Ancylostoma duodenale. *Ectoparasito: O que vive externamente ao corpo do hospedeiro. Exemplo: Pediculus humanus (piolho).
*Parasito Acidental: É o que parasita outro hospedeiro que não o seu normal. Exemplo: Dipylidium caninum, parasitando criança.
*Parasito Errático: É o que vive fora do seu hábitat normal.
*Parasito Estenoxênico: É o que parasita espécies de vertebrados muito próximas. Exemplo: algumas espécies de Plasmodium só parasitam primatas; outras, só aves etc.
*Parasito Eurixeno: É o que parasita espécies de vertebrados muito diferentes. Exemplo: o Toxoplasma gondii, que pode parasitar todos os mamíferos e até aves.
*Parasito Monoxênico: É o que possui apenas o hospedeiro definitivo. Exemplos: Enterobius vermicularis (Oxiúros / método de Graham) A. lumbricoides.
*Partenogênese: Desenvolvimento de um ovo sem interferência de espermatozóide. Ex.: Strongvloides stercoralis.
*Patogenia ou Patogênese: É o mecanismo com que um agente infeccioso provoca lesões no hospedeiro. Ex.: O Schistosoma mansoni provoca lesões no organismo através de ovos, formando granulomas.
*Patognomônico: Sinal ou sintoma característico de uma doença. Ex.: sinal de Romana, típico da doença de Chagas.
*Período de Incubação: É o período decorrente entre o tempo de infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos. Ex.: esquistossomose mansoni-penetração de cercária até o aparecimento da dermatite cercariana (24 horas).
*Periodo Pré-Patente: É o período que decorre entre a infecção e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente infeccioso. Ex.: esquistossomose mansoni-período entre a penetração da cercária até o aparecimento de ovos nas fezes (formas detectáveis), aproximadamente, 43 dias.
*Premunição ou Imunidade Concomitante: É um tipo especial do estado imunitário ligado a necessidade da presença do agente infeccioso em níveis assintomáticos no hospedeiro. Normalmente, a premunição é encarada como sendo um estado de imunidade que impede reinfecções pelo agente infeccioso específico. Ex.: na malária, em algumas regiões endêmicas, o paciente apresenta-se em estado crônico constante, não havendo reagudização da doença. Existe um equilíbrio perfeito entre o hospedeiro o hóspede.
*Profilaxia: É o conjunto de medidas que visam a prevenção, erradicação ou controle de doenças ou fatos prejudiciais aos seres vivos. Essas medidas são baseadas na epiderniologia de cada doença. (Prefiro usar os termos "profilaxia", quando uso medidas contra uma doença já estabelecida e "prevenção", quando uso medidas para evitar o estabelecimento de uma doença).
*Reservatório: São o homem, os animais, as plantas, o solo e qualquer matéria orgânica inanimada onde vive e se multiplica um agente infecioso, sendo vital para este a presença de tais reservatórios.
*Vetor: É um artrópode, molusco ou outro veículo que transmite o parasito entre dois hospedeiros.
*Vetor Biológico: É quando o parasito se multiplica ou se desenvolve no vetor. Exemplos: o T. cruzi, no T. infestans.
*Vetor Mecânico: É quanto o parasito não se multiplica nem se desenvolve no vetor, este simplesmente serve de transporte.
*Virulência: É a severidade e rapidez com que um agente infeccioso provoca lesões no hospedeiro. Ex.: A E. histolytica pode provocar lesões severas, rapidamente.

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