29 de nov. de 2012

1º Pensa Rápido: Resposta Imunológica Celular e Molecular

Este é o primeiro "Pensa Rápido", serão postagens curtas e objetivas a fim de esclarecer temas e termos em geral da área.
O "Pensa Rápido" dessa vez abordará um pouco da resposta imunológica, nosso meio de defesa aos antígenos.
A resposta imunológica é dividida em duas partes, a humoral e a celular. A resposta humoral é mediada pelos anticorpos presentes no sangue e líquidos biológicos. Este anticorpo pode combinar com o antígeno neutralizando-o, ou formando imunocomplexos favorecendo a fagocitose.
Outro tipo importante de resposta caracteriza-se pela produção de linfócitos sensibilizados (resposta celular), os quais possuem receptores ativos em sua superfície. Estas células (LT) estão envolvidas nos fenômenos de imunidade celular, tais como reações a aloenxertos, hipersensibilidade retardada etc.
A resposta humoral é dividida em 'Resposta Primária' (onde ocorre a penetração de um antígeno, natural ou artificialmente, pela primeira vez em um organismo e leva a proliferação e diferenciação de uma população de células especializadas na síntese de anticorpos, os plasmócitos) e 'Resposta Secundária' (onde ocorre a penetração de um antígeno natural ou artificialmente pela segunda ou mais vezes induzindo a resposta secundária ou anamnéstica que possui maior eficácia que a primeira, desde que é necessária dose menor do imunógeno para desencadear a resposta imunológica e maior titulação de anticorpos para o combate).
Na imunidade mediada por células (Resposta Celular), a célula efetora é um linfócito T, circulante, capaz de reagir especificamente ao contato do antígeno. A resposta é rápida e seu nível eleva-se rapidamente, mantendo-se elevado durante anos. Apresenta também resposta primária e secundária.

Até o próximo "Pensa Rápido"

Fonte: "Imunologia Geral" - Livraria Atheneu 1988

15 de out. de 2012

Soluções

O mundo que nos rodeia é constituído por sistemas formados por mais de uma substância: as misturas. A água que bebemos e o ar atmosférico são exemplos de sistemas comuns. Soluções são misturas de duas ou mais substâncias que apresentam aspecto uniforme.
Existem as soluções:
*Sólidas (latão = Cu + Zn);
*Gasosas (ar atmosférico = N2 + O2 + CO2 etc);
*Llíquidas (água do mar = sais + O2 ; álcool = etanol + água).

Nos laboratórios e nas indústrias as soluções líquidas são as mais utilizadas. Essas soluções são sistemas homogêneos, formados por uma ou mais substâncias dissolvidas (soluto) num líquido (solvente), que não formam depósito no fundo do recipiente (corpo de chão).
Portanto, SOLUÇÃO = SOLUTO + SOLVENTE.

Concentração Comum (C)
 
É a relação entre a massa do soluto e o volume da solução.


O rótulo do frasco de reagentes ao lado, nos indica que existe 50 g de NiSO4 em 1,0 L de solução:



Assim, temos:






 
Exercícios:
 
1- Uma solução foi preparada adicionando-se 40 g de NaOH em água suficiente para produzir 400 mL de solução. Calcule a concentração da solução em g/mL e g/L.
2- (Puccamp – SP) Evapora-se totalmente o solvente de 250 mL de uma solução aquosa de MgCl2 de concentração 8,0 g/L. Quantos gramas de MgCl2 são obtidos?
3- Considere o esquema a seguir, dos qual foram retirados três alíquotas A, B, C, a partir de uma mesma solução aquosa. Responda às seguintes questões:
a) Qual é a massa de soluto existente no recipiente A?
b) Qual é a concentração em g/mL da solução contida no recipiente B?
c) Qual é a concentração em mg/mL da solução contida no recipiente C?
d) Se toda a água presente na solução original, após a retirada das três amostras, fosse evaporada, qual seria a massa de soluto obtida?

13 de set. de 2012

Nomenclatura de Fármacos

"Todas as substâncias são venenos; não há nenhuma que não seja veneno. A dose correta diferencia um veneno de um remédio" Paracelso

Os fármacos possuem três ou mais nomes.
Estes nomes são os seguintes:
* Sigla, número do código ou designação do código;
* Nome químico;
* Nome registrado, nome patenteado, nome comercial ou nome próprio;
* Nome genérico, nome oficial ou nome comum;
* Sinônimos e outros nomes.

A sigla é formada geralmente com as iniciais do laboratório ou do pesquisador ou do grupo de pesquisas que preparou ou ensaiou o fármaco pela primeira vez, seguidas de um número. Não identifica a estrutura química do fármaco. Deixa de ser usada logo que for escolhido um nome adequado. Fármacos há com duas ou mais siglas.
O nome químico é o único que descreve a estrutura química do fármaco. É dado de acordo com as regras de nomenclatura dos compostos químicos. Visto que às vezes é  muito longo, o nome químico não é adequado para uso rotineiro. O nome químico deve ser escrito em letras minúsculas. Um fármaco pode ter vários nomes químicos, pois há diversas maneiras de nomeá-lo.
O nome registrado refere-se ao nome individual selecionado e usado pelo fabricante do fármaco ou medicameno. Se o medicamento é fabricado por mais de uma empresa, como frequentemente acontece, cada firma dá o seu próprio nome registrado. Às vezes o nome patenteado refere-se a uma formulação e não a uma única substância química. O nome patenteado deve ser escrito com iniciais maiúsculas de ada palavra do nome. Um fármaco poderá ter divesos nomes registrados, dependendo do número de fabricantes.

O nome genérico refere-se ao nome comum, pelo qual um fármaco é conhecido como substância isolada, sem levar em conra o fabricante. Devia ser simples, conciso e significativo, mas frequentemente não é. Deve ser escrito com a inicial minúscula. Este nome é escolhido pelos órgãos oficiais. No Brasil, pelo Ministério da Saúde. Em escala mundial, é a Organização Mundial de Saúde a entidade oficial incumbida de selecionar, aprovar e divulgar os nomes genéricos de fármacos. Os nomes oficiais de fármacos, porém, variam conforme a língua, à semelhança do que ocorre com os nomes das pessoas. Assim, temos: risperidonum (latim), risperidone (inglês), risperidon (russo), risperidone (francês), risperidona (espanhol) e risperidona (português).
Sinônimos são os nomes diferentes dos dados pela OMS, mas consagrados em alguns países, e/ou os antigos nomes oficiais. Alguns fármacos podem ter vários nomes.
Presume-se, em geral, que os medicamentos que têm o mesmo nome oficial, mas nomes comerciais diferentes, por serem fabricados por laboratórios diferentes, são bioequivalentes. Isso, porém, nem sempre sucede; tais medicamentos podem diferir sensivelmente em sua ação farmacológica, farmacocinética e outras propriedades; vale dizer, podem não ser bioequivalentes. Diversos fatores - principalmente de formulação e fabricação - são responsáveis por esta diferença.

Fonte: Dicionário Terapêutico Guanabara Edição 2010/2011


10 de set. de 2012

19 de ago. de 2012

Quantiferon TB Gold

O teste tuberculínico intradérmico ou PPD começou a ser utilizado em 1890, pelo próprio Roberto Koch, ao estudar o efeito protetor da aplicação de bacilos de M. tuberculosis inativados em pessoas sadias. Por mais de um século, o PPD permaneceu como o único teste disponível para a identificação de casos de infecção latente pelo M. tuberculosis (LTBI). Entretanto, a falta de especificidade, principalmente pela reatividade cruzada com Mycobacterium bovis Calmette-Guérin, utilizado como antígeno da vacina BCG, e também com outras espécies de Mycobaterium diferentes do M. tuberculosis (NMT) podem levar a resultados a uma grande quantidade de resultados falso-positivos, com a consequente implementação de tratamentos desnecessários. Em um estudo conduzido com soldados e funcionários do exército holandês, foi obtido um índice de 75% de resultados falso-positivos com o PPD, que foi atribuído à infecção por outras espécies de micobactérias.
Aplicação de Tuberculina (Teste de PPD)
Um teste aprovado pelo FDA americano em 2007 e recentemente comercializado no Brasil, chamado de Quantiferon TB Gold, mede a quantidade de Inteferon Gama (IFN-γ), uma citosina produzida pelas células T efetoras, em resposta à presença de antígenos do complexo Mycobacterium tuberculosis, como o ESAT-6 (Early Secretory Antingen), CFP-10 complexo protéico 10 obtido por filtração de culturas e TB7.7, compreendidos nas regiões genômicas de diferenciação 1 e 11 (RD1 e RD11). As regiões RD1 e RD11 estão ausentes nas preparações do bacilo BCG e também na maioria das micobactérias não-tuberculosas (NTM).

Estes antígenos se encontram aderidos nos tubos que são utilizados para a coleta do sangue. Quando os linfócitos de indivíduos previamente expostos ao M. tuberculosis entram em contato com os antígenos, ocorre a liberação de IFN-γ. São utilizados 3 tipos de tubos para a coleta de sangue: um contendo os antígenos específicos, um segundo tubo contendo antígenos estimuladores de células T não específicos, que funciona como controle positivo, e um terceiro tubo sem nenhum tipo de antígeno, que funciona como controle negativo.

Após um período de incubação a 37°C, é feita a quantificação de IFN-γ através de técnica de Enzimaimunoensaio (EIA). Também conhecido com teste de IGRA (Interferon Gama Release Assay), o Quantiferon TB Gold apresenta como vantagens em relação ao PPD a não interferência com os antígenos utilizados na BCG, ser um teste in vitro, que elimina as variáveis biológicas interindividuais, e ser um teste que mede diretamente a reação imunológica mediada por células. Vários estudos demonstram que o teste TB Gold, quando comparado com o teste de PPD, apresenta maior grau de sensibilidade e de especificidade. Como desvantagem, o teste IGRA, assim como o PPD, não é capaz de distinguir entre Tuberculose ativa e Tuberculose latente.
A utilização do teste Quantiferon Tb Gold isoladamente ou em conjunto com o PPD é capaz de reduzir os custos com exames e tratamentos para tuberculose em cerca de 50%.

Em um estudo realizado na China, aonde a tuberculose atinge 367 casos a cada 100 mil habitantes (cerca de 10 vezes mais do que no Brasil), sendo o segundo país em incidência de tuberculose em todo o mundo, a utilização do teste IGRA apresentou sensibilidade de 83,6% e especificidade de 76,6%. Em um estudo conduzido por pesquisadores espanhóis, comparando testes IGRA com o PPD em uma população pediátrica, foram obtidos resultados que apontam cerca de 50% dos resultados de PPD com falsa reatividade, devido à reatividade cruzada com BCG e NTM6. Em estudo conduzido por pesquisadores brasileiros na cidade de São Paulo, avaliando a utilização do teste TB Gold para o diagnóstico de Tuberculose Pulmonar, apesar da pequena quantidade de indivíduos analisados, foram registrados índices de sensibilidade e de especificidade de 86% e 100%, respectivamente.
Quando comparado especificamente com a pesquisa direta para BAAR, o teste TB Gold apresentou sensibilidade 45% superior à pesquisa de BAAR (amostras TB Gold positivas, BAAR negativas e Cultura positivas). Em um recente estudo realizado na Holanda, os pesquisadores assinalaram a presença de resultados falso-positivos de PPD, mesmo com induração maior que 15mm, atribuídos ao contato com NMT, que tiveram o resultado de Tb Gold (IGRA) negativo, sugerindo que apenas aqueles indivíduos com ambos os testes tuberculínicos (PPD) e IGRA (Tb Gold) devam ser tratados com isoniazida. Com base nos estudos publicados, o Center for Diseases Control and Prevention (CDC) americano passou a recomendar que os testes IGRA passassem a ser realizados em substituição ao teste tuberculínico (PPD). O CDC recomenda ainda que o teste não seja utilizado em algumas populações específicas por ainda não existirem dados suficientes para uma conclusão, como em crianças menores de 5 anos, pessoas expostas recentemente ao M. tuberculosis, indivíduos imunocomprometidos e também não é recomendada a realização seriada do teste.

Por mais de um século, o diagnóstico laboratorial da tuberculose tem desafiado os patologistas clínicos, principalmente pelas dificuldades relacionadas ao caráter fastidioso do seu agente etiológico, o Mycobacterium tuberculosis; entretanto, nos últimos anos, uma nova safra de testes vem modificando o cenário desse tipo de diagnóstico. Além dos testes baseados na resposta imunológica in vitro como os testes de IGRA – Quantiferon Tb Gold, grandes avanços têm sido obtidos através dos testes baseados em biologia molecular. Um bom exemplo é o GeneXpert MTB, que é capaz de fornecer resultados de pesquisa de DNA do M. tuberculosis e da presença de mutações que conferem multirresistência em cerca de 1 hora. Além desse, outros testes, também baseados em análises moleculares, são capazes de identificar a espécie de Mycobacterium e também de fornecer o perfil completo de suscetibilidade a drogas a partir da análise de mutações genéticas que conferem resistência em algumas horas, quando são necessários cerca de 60 dias para a obtenção de um resultado completo com perfil de suscetibilidade pelos métodos microbiológicos tradicionais.


Fonte:

 

14 de ago. de 2012

Dia do Cardiologista


14 de Agosto
Dia do Cardiologista





Parabéns, para você médico especialista em cardiologia ou estudante que visa se especializar nessa área de grande importância



3 de ago. de 2012

Janela Imunológica - HIV

A janela imunológica é um conceito originado de estudos realizados em bancos de sangue no intuito de definir o risco de transmissão do HIV. É o período em que um vírus em quantidade suficiente para ocorrer transmissão por transfusão sanguínea.

A janela imunológica em um conceito ampliado compreende o período de tempo entre a exposição do indivíduo ao vírus e o surgimento de marcadores laboratoriais detectáveis no organismo (antígeno ou anticorpo).

Tendo em vista que o sistema imunológico de cada indivíduo responde de forma diferente á infecção pelo HIV e que o desenvolvimento de anticorpos anti-HIV ou da replicação viral em quantidade suficiente para ser detectada pelos métodos diagnósticos vigentes é dependente da resposta individual, este tempo de janela imunológica varia de pessoa para pessoa.

26 de jul. de 2012

D.I.P - Doenças Infecciosas e Parasitárias (Parte I)

As DIP’s são doenças causadas por seres vivos ou seus produtos.

“Atitudes predatórias para o meio ambiente, bem como uma estrutura política e econômica voltada para pequenos grupos são os principais fatores responsáveis pela manutenção do país no subdesenvolvimento, com aumento considerável de várias parasitoses e outras doenças”. David Pereira Neves, 2004.
Causas que contribuem com a prevalência ou aparecimento das DIP’s:
·         Crescimento urbano desordenado;
·         Deficiência ou inexistência de abastecimento de água, coleta de lixo, saneamento básico;
·         Moradia inadequada;
·         Salários insuficientes;
·         Educação insuficiente;
A erradicação de grande parte das DIP’s requer melhorias das condições socioeconômicas, no saneamento básico e na educação sanitária, além de mudanças de certos hábitos culturais.
Áreas de Estudos das DIP’s:
· Parasitologia Humana
ü  Helmintologia:
o   Metazooários;
o   Nematelmintos (corpos cilíndricos)
o   Platelmintos (corpos achatados)
ü  Protozoologia (Proto = Primitivo) à Os protozoários são classificados pela forma de locomoção, por exemplo, os “esporozoários” são os que não possuem forma natural de locomoção e são veiculados por outras estruturas do hospedeiro. O Plasmodium é considerado um esporozoário, pois utiliza-se da hemácia do hospedeiro para se veicular.
· Microbiologia Humana
ü  Virologia (vírus)
ü  Bacteriologia (bactérias)
ü  Micologia (fungos)
· Entomologia
ü  Zooses parasitárias (insetos, aracnídeos...)
Ex: Carrapatos, Larva de Mosca...
Infecção x Infestação
Infecção é a penetração e desenvolvimento, ou multiplicação, do agente patogênico no corpo hospedeiro. Infestação é o alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do corpo hospedeiro e está ligada ao macroparasitismo, enquanto a infecção liga-se ao microparasitismo.
Ecologia Parasitária
Ecologia é o estudo das relações dos seres vivos entre si e o meio ambiente, o ecossistema é a unidade funcional de base em ecologia representando uma comunidade ecologia ou um ambiente natural onde há um estreito relacionamento entre as várias espécies de animais, vegetais e minerais.
Associação entre seres visos
Harmônica ou Positiva:
·         Comensalismo: obtenção de vantagens sem prejuízos ao outro;
·         Mutualismo: é quando duas espécies se associam para viver e ambas são beneficiadas;
·         Simbiose: é uma forma extrema de associação interespecífica (entre espécies) na qual a dependência recíproca chegou a tal ponto que nenhuma das duas espécies pode viver isolada da outra;
Desarmônica ou Negativa:
·         Predatismo: quando uma espécie animal se alimenta de outra espécie;
·         Parasitismo: é uma relação interespecífica, onde apenas uma espécie é beneficiada (o parasita), através do prejuízo causado em outra espécie (o hospedeiro). É toda relação ecológica desenvolvida entre indivíduos de espécies diferentes, em que se observa ale de associação íntima e duradoura uma dependência metabólica de grau variado.

Fonte: Curso Online de Doenças Infecciosas e Parasitárias, por Léa Simone de Carvalho

22 de jul. de 2012

Sequência de Tubos para Coleta de Sangue a Vácuo

Para que seja feita uma coleta de sangue a vácuo adequada devemos seguir a ordem correta dos tubos, evitando assim contaminação. Essa contaminação é referente aos anticoagulantes dos tubos (Citrato, EDTA, Heparina...).
Devemos ter sempre esse cuidado na coleta e deixar de lado os vícios e práticas de antigamente, como por exemplo, colocar o tubo de soro com gel na frente por conta do vácuo ser melhor e assim ajudar a fluir o sangue nos outros.

A ordem correta a seguir é a seguinte:
1. Frascos para hemocultura.
2. Tubos com citrato (tampa azul-claro).
3. Tubos para soro com ativador de coágulo, com ou sem gel separador (tampa vermelha ou amarela).
4. Tubos com heparina com ou sem gel separador de plasma (tampa verde).
5. Tubos com EDTA (tampa roxa).
6. Tubos com fluoreto (tampa cinza).  
Fonte:
RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA/MEDICINA LABORATORIAL PARA COLETA DE SANGUE VENOSO

Antigamente, uma coleta para análise de TAP tinha-se como ordem colher um tubo de descarte antes do tubo de citrato. Hoje em dia não se faz mais necessário esta prática, sendo de mais eficácia colher o tubo de citrato primeiro aproveitando pra colher o sangue logo que a cascata de coagulação foi ativada por conta da perfuração do bisel da agulha no vaso sanguíneo. Faz-se necessário colher um tubo "descarte" para exames mais complexos de coagulação, não sendo aconselhável colher em tubo com gel por este ser um dos mais caros, pode colher um tubo de citrato mesmo para essa função.

1 de jul. de 2012

1º de Julho – Dia da Vacina BCG

1º de Julho – Dia da Vacina BCG
A vacina BCG é a responsável pela defesa contra a tuberculose e no dia 1º de julho comemora-se a sua criação.
Foi inventada em 1921, pelo cientista francês Camille Guérin, juntamente com Albert Léon Chaves, também nascido nesse país. Arlindo de Assis foi o responsável pelas primeiras aplicações da vacina BCG no Brasil, no ano de 1927, num trabalho desenvolvido em parceria com o pediatra Almir Madeira, esses, em 1934, criaram a primeira campanha brasileira contra a tuberculose.
No Brasil, a dose da vacina é aplicada no primeiro mês, logo após o nascimento do bebê. Desde junho de 2006 é recomendada a suspensão da administração da segunda dose da vacina BCG, em nosso país, já que o efeito protetor da primeira dose da vacina BCG, ao nascer, possui duração de mais de 15 anos.
BCG - Bacilo de Calmet Guérin

A vacinação utiliza uma cepa atenuada do bacilo tuberculoso de origem bovina (Mycobacterium bovis) contendo também glutamato de sódio. A subcepa utilizada no Brasil é a Moreau – Rio de Janeiro, mantida sob o sistema de lote semente no Statens Serum Institut de Copenhagen, a qual é encaminhada, periodicamente, aos laboratórios da Fundação Ataulpho de Paiva e do Butantan, no Brasil.
A imunidade contra tuberculose é predominantemente celular e a produção de anticorpos é desprezível.
A inoculação deve ser feita em crianças após o terceiro mês, sendo desaconselhada a imunização precoce por carecer a criança do sistema imunológico completo.
A aplicação deve ser feita por via intradérmica injetando-se um volume de 0,1ml. A vacina é fabricada no Brasil pela Fundação Athaulpho Paiva é fornecida na forma liofilizada.
Evolução normal da lesão vacinal
A vacina BCG liofilizada, após diluição com solução de cloreto de sódio e completa homogeneização, é aplicada por via intradérmica na dose indicada de 0,1 ml, na inserção inferior do músculo deltóide do braço direito. A lesão vacinal evolui da seguinte forma:
*da 1ª à 2ª semana: mácula avermelhada com enduração de 5 a 15 mm de diâmetro.
*da 3ª à 4ª semana: pústula que se forma com o amolecimento do centro da lesão, seguida pelo aparecimento de crosta.
*da 4ª à 5ª semana: úlcera com 4 a 10 mm de diâmetro.
*da 6ª à 12ª semana: cicatriz com 4 a 7 mm de diâmetro, encontrada em cerca de 95% dos vacinados. Não se deve cobrir a úlcera ou colocar qualquer tipo de medicamento.
O tempo dessa evolução é de seis a doze semanas, podendo prolongar-se raramente até a 24ª semana. Eventualmente pode haver recorrência da lesão, mesmo depois de ter ocorrido completa cicatrização.
Quando aplicado em indivíduos anteriormente infectados, quer por infecção natural, quer pela vacinação, o BCG determina lesões geralmente um pouco maiores e de evolução mais acelerada (fenômeno de Koch), com cicatrização precoce.
Durante a evolução normal da lesão vacinal, pode ocorrer enfartamento ganglionar axilar e supra ou infraclavicular, único ou múltiplo, não-supurado.
Aparece três a seis semanas após a vacinação, é homolateral ao local da aplicação, firme, móvel, clinicamente bem perceptível, frio, indolor, medindo até 3 cm de diâmetro, e não acompanhado de sintomatologia geral. Pode evoluir por tempo variável, geralmente em torno de quatro semanas e permanece estacionário durante um a três meses, desaparece espontaneamente, sem necessidade de tratamento. O aparecimento desses gânglios ocorre em até 10% dos vacinados.
Pode ocorrer linfadenopatia regional não-supurada com mais de 3 cm de diâmetro, sem evidências de supuração (flutuação e/ou fistulização); como conduta, deve-se observar e acompanhar o paciente, até que ocorra regressão expressiva da adenomegalia. Não puncionar e não administrar isoniazida. Notificar.
Eventos adversos
A vacina BCG-ID pode causar eventos adversos locais, regionais ou sistêmicos, que na maioria das vezes são decorrentes do tipo de cepa utilizada, da quantidade de bacilos atenuados administrada, da técnica de aplicação e da presença de imunodepressão congênita ou adquirida.
Dependendo de localização, extensão e gravidade, as complicações podem ser classificadas da seguinte forma:
- Lesões locais e regionais (mais frequentes):
a) úlcera com diâmetro maior que 1 cm;
b) abscesso subcutâneo frio;
c) abscesso subcutâneo quente;
d) linfadenopatia regional supurada;
e) cicatriz quelóide;
f) reações lupóide.
Obs: Os eventos adversos locais e regionais (úlcera com diâmetro maior que 1 cm, abscesso e linfadenopatia regional supurada) são decorrentes, na maioria dos casos, de técnica incorreta na aplicação da vacina.
- Lesões resultantes de disseminação:
Podem ser localizadas ou generalizadas e sua incidência é bastante rara.
a)      lesões localizadas: em pele, osteorticulares, em linfonodos ou em órgãos do tórax ou do abdômen.
b)      lesões generalizadas.

18 de jun. de 2012

Dia Nacioanal do Químico

18 de Junho
Dia do Químico

18 de Junho é o Dia Nacional do Químico e venho por meio do blog Bio-Trabalho parabenizar todos os profissionais de química e lembrar a todos os outros a grande importância desse profissional em nossa formação.
Em especial mando um abraço para meus químicos favoritos que acrescentaram (e acrescentam) muito na minha formação técnica e pessoal, Deise e Rafael.


Na página do Bio-Trabalho no Facebook rolou uma sessão de piadas nerds em homenagem ao dia do químico... Confira as piadas e imagens engraçadas que foram publicadas lá:

Sua mãe é tão chata que nem o flúor tem afinidade com ela.

"Na aula de Química..."
Professora:
- Quem sabe o que é H2SO4?
Mariazinha:
- Ai, calma, tá na ponta da língua...
Joãozinho:
- Então cospe que é ácido sulfúrico!!!

Se você não faz parte da solução, então deve fazer parte do precipitado.


Por que não se deve falar alto no laboratório?
R: Para não desconcentrar os reagentes.


Um químico resolve pintar usando um nitrogênio e três hidrogênios. Qual é o nome do quadro?
R: Amônia Lisa.

Para finalizar, deixo a frase do químico francês, Lavoisier, que define sua teoria de conservação da matéria...
“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma...”



#DiadoQuímico






11 de jun. de 2012

Microscopia

Microscopia



Microscópio Óptico
É o microscópio mais utilizado em laboratórios de análises clínicas. Assim como outros tipos de microscópios, o microscópio óptico (MO) é composto pelo sistema mecânico e pelo sistema óptico, os quais, em conjunto, permitem a visualização de estruturas invisíveis a olho nu.

Sistema Mecânico
- Base ou pé = deve ser firme e com grande diâmetro para uma boa estabilidade do aparelho;
- Braço = local por onde o aparelho deverá ser pego para movimentação;
- Tubo ou canhão = é a parte de comunicação entre as oculares e as objetivas;
- Revólver = local onde estão fixadas as lentes objetivas;
- Mesa ou platina = recebe a lâmina que contém o material a ser pesquisado;
- Charriot = permite fazer a variação do campo de pesquisa. Prende a lâmina deslocando-a  horizontalmente sobre o plano de pesquisa;
- Botão macrométrico = realiza os primeiros ajustes para uma perfeita focalização;
- Botão micrométrico = ressalta detalhes durante a pesquisa.
Sistema Óptico
- Oculares = fazem o aumento da imagem formada pela objetiva. Sua capacidade de aumento pode ser de 4x, 10x, 12x e 15x;
- Objetivas = possuem a capacidade de aumentos de 10x, 40x, 45x, 60x. são usadas em quaisquer tipos de pesquisa;
- Objetiva de imersão (100x)= é utilizada quando há necessidade de grande precisão na pesquisa;
- Condensador = concentra a luz e projeta um feixe luminoso sobre o objeto de estudo;
- Diafragma = parte constituinte do condensador, a qual permite a regulagem da quantidade de luminosidade a ser projetada sobre a amostra;
- Filtro = parte constituinte do condensador, a qual permite melhorar a visualização do objeto analisado através da seleção de comprimentos de onda. Geralmente, o filtro pode ser azul, verde ou vermelho;
- Fonte luminosa = pode ser própria (lâmpada) ou natural (raios solares convergidos através de um espelho).
Obs.:
- A imagem proporcionada pelo MO é aumentada, virtual e invertida em relação ao objeto examinado
Calcula-se o aumento da imagem, multiplicando-se o aumento da ocular pelo aumento da objetiva. Ex.: Ocular de 10x e objetiva de 40x = Aumento de 400x.
- Campo microscópico é a área da preparação que se está observando ao MO Quanto maior o aumento da imagem, menor é a abrangência do campo;
- Em virtude do último item, sempre se inicia a observação ao MO com uma combinação de lentes que proporcione o menor aumento, a fim de se ter uma visão panorâmica da região que se quer observar com maior aumento



MANEJO DO MICROSCÓPIO
1. Acender a lâmpada do sistema de iluminação.

2. Abrir totalmente o diafragma e colocar o sistema condensador - diafragma na posição mais elevada, pois é aquela que permite melhor iluminação.
3. Movimentar o revólver, colocando em posição a objetiva de menor aumento (4x).
4. Tomar a lâmina (com ou sem a lamínula) para cima e colocá-la na platina, prendendo-a com os grampos.
5. Movimentar o charriot, fazendo com que o preparado fique em baixo da objetiva.
6. Com o botão macrométrico, elevar a platina ao máximo, observando que a objetiva não toque na lamínula, pois poderá quebrá-la.
7. Focalizar a preparação para a obtenção de uma imagem nítida, movimentando o botão macrométrico e abaixando a platina até que se possa visualizar a imagem.
8. Aperfeiçoar o foco com o botão micrométrico.
9. Colocar a região do preparado que se quer ver com maior aumento bem no centro do campo visual
da lente.
10. Movimentar o revólver, colocando em posição a objetiva de 10X (aumento médio).
11. Aperfeiçoar o foco com o botão micrométrico.
12. Colocar a objetiva de 40X (maior aumento) em posição e aperfeiçoar o foco com o botão micrométrico.
13. A objetiva de 100x é chamada de imersão. Para utilizá-la, deve-se proceder da seguinte maneira:
a) Acender a lâmpada do sistema de iluminação
b) Abrir totalmente o diafragma e colocar o sistema condensador - diafragma na posição mais elevada, pois é aquela que permite melhor iluminação
c) Movimentar o revólver, colocando em posição a objetiva de 100x
d) Tomar a lâmina (com ou sem a lamínula) para cima e colocá-la na platina, prendendo-a com os grampos
e) Pingar uma gota de óleo de imersão no campo a ser focalizado
f) Com o botão macrométrico, elevar a platina ao máximo, até que a objetiva de 100x toque a superfície do óleo de imersão
g) Aperfeiçoar o foco com o botão micrométrica
h)Sempre que terminar a análise, baixar a platina, retirar a lâmina, e limpar a objetiva com solução de limpeza (xilol ou éter). A lâmina pode ser limpa com papel, fazendo-se movimentos leves e retilíneos.
Microscópio de Contraste de Fases
O estudo microscópio de tecidos vivos é difícil, uma vez que seus componentes, com raras exceções, são incolores e transparentes. A velocidade com que a luz atravessa um corpo transparente depende da quantidade de matéria presente. Como diversas estruturas celulares (núcleo, mitocôndrias, grânulos de secreção) têm índices de refração diferentes, o microscópio de contraste de fases consegue transformar essas diferenças, através de dispositivos específicos, em diferenças de intensidade luminosa. Isso possibilita uma melhor visualização dos componentes celulares.
Microscópio Confocal
No microscópio confocal, o preparado é iluminado por um delgado feixe de raios laser que varre o corte iluminando ponto por ponto um determinado plano da célula, realizando assim, um “corte óptico”. Geralmente, as células são tratadas com substância fluorescentes, as quais emitem luz que é captada e tratado por um computador que fornece os sinais para um monitor de vídeo.
Microscópio confocal de varrimento a laser (by courtesy of Bioengineering AG, Switzerland).
Microscopia de Fluorescência
O material a ser analisado é tratado com corantes específicos fluorescentes. A luz utilizada nesse tipo de microscópio é a ultravioleta, a qual permite que somente as partes fluorescentes apareçam em campo escuro. Depois da lente objetiva são colocados filtros que deixam passar a luz, mas eliminam a radiação ultravioleta, para proteger os olhos do observador.
Mitocôndria

Microscopia Eletrônica

O microscópio eletrônico tem alta resolução e as imagens obtidas mostram uma riqueza de detalhes surpreendente. Ao invés de serem utilizadas ondas de energia luminosa, utiliza-se um feixe de elétrons, os quais acabam por formar imagens muito mais nítidas, por não serem absorvidos, mas sim desviados pelas estruturas celulares.

Pulga